Como você pode contribuir com a Disciplina Positiva no Brasil?

É com grande honra e alegria que a PDA-Brasil está completando mais um ciclo de gestão. Parece que foi ontem, mas já faz quase dois anos que o último conselho foi formado e já é hora de se renovar.

Nossas conselheiras contam como foi participar dessa gestão e o que elas aprenderam durante esse período. Confira a entrevista na íntegra:

PDA: Iza, esse ano você foi eleita Presidente da Associação. Conte-nos como foi essa experiência para você?

Iza Macedo: Um desafio prazeroso!

Faço parte do Conselho da PDA Brasil desde a fundação e é gratificante ver o quanto crescemos porque acreditamos em um sonho comum de construir um mundo com mais dignidade e respeito.

Estar como presidente da gestão 2020-2022 é ter a possibilidade de aprender e praticar os princípios da Disciplina Positiva. É poder perceber na prática que com certeza não estamos prontos, mas estamos no caminho e acreditamos. Acreditar: essa foi certamente a minha maior experiência❤️

PDA: Fernanda, você mora na Califórnia, certo? Como é para você se dedicar ao conselho da  PDA Brasil mesmo estando longe?

Fernanda Lee: A distância física não importa. Você pode morar na mesma casa e ter visões diferentes, e isso gera conflitos e estagnação. Por outro lado, você pode morar em países diferentes e realizar ações concretas e para um benefício coletivo porque acredita na mesma visão. A pandemia me ensinou que somos cidadãos do mesmo planeta e praticamos princípios que são universais, independente de religiões ou culturas. Também acredito que quanto mais diverso nosso conselho for, mais inclusivo será, e mais pessoas podemos servir.

PDA : Lívia, como é para você conciliar a maternidade, o seu trabalho e toda a parte financeira da PDA Brasil?

Lívia Maria: É um desafio conciliar a maternidade com qualquer outra coisa na realidade! Até porque quando nos tornamos mães temos que aprender a desempenhar este papel e continuar (na medida do possível) com os demais!

Ter rede de apoio é fundamental para dar certo! 

Especificamente com relação ao trabalho na diretoria da PDA Brasil, posso dizer que é um grato aprendizado! Tudo que fazemos como Conselho é dividido e cada um se responsabiliza pelo que é possível! E todas se apoiam mutuamente! Assim não fica pesado! 

 Na PDA Brasil vivenciamos a filosofia da DP na prática! É um ambiente cheio de encorajamento e amor! Todo esforço é por um bem maior e é maravilhoso fazer parte deste grupo!

 PDA: Jú, o que te motivou a se candidatar para a segunda gestão da PDA Brasil?

Ju Palma: Em 2016 me mudei para o Japão e passei a viver uma cultura completamente diferente e tudo estava indo bem até que meus filhos entraram na escola e eu me dei conta da realidade da barreira do idioma, das perdas que meus filhos tiveram tanto acadêmicas quanto sociais por não falarem o idioma e eu como mãe e Pedagoga, de mãos atadas sem poder ajudar meus filhos. Foi em meados de 2017 que a DP entrou na minha vida e foi um acalento. Aprendi muito. Aprendi a lidar com os desafios de ser mãe, de orientar meus filhos. Passei a orientar outras crianças e outras famílias brasileiras e quando vi, já estava dando palestras e workshops de Disciplina Positiva em várias cidades do Japão. A Disciplina Positiva me deu um novo relacionamento com a minha família, um novo trabalho e me ensinou até um novo idioma (o inglês). Tudo bem que meu inglês não é dos melhores, mas a vontade de aprender sobre DP no Japão era tanta que recorria aos livros em inglês e lia com o Google tradutor do lado. Foram tantos ganhos que eu sentia que precisava retribuir. E foi quando vi essa oportunidade nas eleições para o conselho. Me candidatei e para minha surpresa, um dia depois do meu aniversário eu já fazia parte do conselho. Lembro quando encontrei as meninas pela primeira vez. A Fe, a Dina Emser… Estava tão nervosa que nem consegui falar oi para a Dina. Foi uma loucura. Mas hoje, após passar quase dois anos, sinto que ganhei 6 conselheiras de vida! 

Ah e já ia me esquecendo… A vontade era de retribuir, mas acabei ganhando ainda mais!!!

PDA: Fabi, você foi uma das (membros) fundadoras e permanece até hoje no conselho. Qual a sua motivação para isso?

Fabi Nogueira: Quando fundamos a PDA, todas tínhamos em mente a necessidade de dar sustentabilidade ao crescimento da Disciplina Positiva no Brasil e apoio aos educadores que se formavam. Queríamos oferecer uma organização onde os afiliados pudessem encontrar recursos para sua educação continuada e também um espelho do espírito de comunidade que Adler tanto prezava. Penso que conseguimos e foi isso que me fez ficar por tanto tempo no Conselho. 

O desejo de ver a PDA com seus processos consolidados, com a estrutura organizada e pronta para crescer cada vez mais foi possível porque esse espírito de comunidade e contribuição existe dentro do Conselho. Já fizemos tanta coisa! Fazemos Workshops Internacionais todo ano, fizemos nossa primeira Conferência e estamos caminhando para a segunda eleição. 

Eu me sinto muito feliz e realizada por ter feito parte dessa construção. Fiz amizades sólidas e conheci pessoas incríveis por conta desse trabalho. É uma oportunidade ímpar e eu agradeço com muito amor a todos os afiliados que acreditaram na iniciativa e construíram essa realidade conosco.

PDA: Bete, como uma pessoa ativamente envolvida com a Disciplina Positiva, como fazer parte do conselho fez diferença na sua vida?

Bete Rodrigues: Justamente por ser Trainer e morar no Brasil e por tentar utilizar a Disciplina Positiva em todas as áreas da minha vida intensamente, eu não poderia “ficar de fora”, né? Também busco esse “senso de pertencimento e importância” como todo mundo! Rsrs

Para mim, fazer parte do conselho da PDA Brasil significa poder ajudar a definir quais os rumos dessa abordagem no Brasil e principalmente poder contribuir para a formação continuada dos educadores certificados espalhados por esse nosso país e outros de língua portuguesa. Adoro conduzir Book Clubs e Mentorias e contribuir com os posts e tantas outras funções. É sobre colocar em prática o conceito de Gemeinschaftsgefühl - o “senso de comunidade” que Adler nos ensinou.

PDA: Emilyn, como é para você trabalhar com a gestão de 2020-2022?

Emilyn Melaré: Nem tenho palavras para expressar o quanto a Disciplina Positiva está mudando a minha vida. 

Esses 2 últimos anos foram muito bons, cheios de aprendizado, oportunidades, ensinamentos e por aí vai....

É uma honra poder contribuir com todas as conselheiras e saber que posso contar com cada uma de alguma forma. 

Gratidão meninas por me deixarem fazer parte de algo tão maravilhoso e obrigada por tanto reconhecimento dia a dia.

Vocês são minha inspiração e fazem a diferença ❤️❤️

 Fica aqui o convite para você que é afiliado desde dezembro/2020 ou antes, para se candidatar e ter a oportunidade de contribuir com o novo conselho da PDA Brasil!

 “Coragem não é uma habilidade que alguém possui ou não possui. Coragem é a disposição de se envolver em um comportamento de risco, independentemente de as consequências serem desconhecidas ou possivelmente adversas. Somos capazes de um comportamento corajoso, desde que estejamos dispostos a nos envolver nele. Dado que a vida oferece poucas garantias, toda vida exige correr riscos.” Alfred Adler.

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