Criança com autismo

2 de abril, dia mundial de conscientização do autismo.

(Traduzido do site: https://www.positivediscipline.org/page-271889)

Pergunta:

Estou escrevendo porque preciso de um conselho. Eu não mencionei isso para muitas pessoas porque é tão novo e meu marido e eu ainda estamos tentando chegar a um acordo sobre isso, mas o nosso filho de 18 meses foi avaliado por pediatras, neurologistas e psicólogos, e eles são da opinião de que ele está no especto autista. Temos, é claro, feito nosso dever de casa e conversado com as entidades responsáveis sobre o tratamento, e eles pediram os tratamento padrão para os autismo, que são todas intervenções comportamentais baseadas e recompensas e punições.

Nós não queremos agir como pais dessa forma, é claro, ainda não temos conhecimento de outros tratamentos para o autismo e queremos que nosso filho tenha o melhor começo. Eu acho que minha pergunta é, você está ciente de mais tratamentos compatíveis com a Disciplina Positiva para o autismo e, se não, algum conselho sobre como podemos iniciar o tratamento do nosso filho, ao mesmo tempo em que mantemos os princípios da Disciplina Positiva?

Agradeço antecipadamente por qualquer esclarecimento que você possa ter sobre esse assunto.

AW

Resposta:

Querida AW,

Eu sou uma das pessoas da equipe que responde perguntas ao site da Positive Discipline. Sou mãe de dois filhos adultos, e trabalhei com crianças com necessidades especiais há mais de 30 anos (como assistente social e psicóloga clinica). Eu sinto empatia por você e seu marido enquanto lutam para entender o que um diagnóstico de autismo pode significar para o seu filho (e para si mesmos).

Um alerta que tenho para você é considerar a pouca idade de sua criança e o diagnóstico vago que lhe foi dado (por exemplo, "no especto do autismo"). Embora pareça que seu filho tenha alguns comportamentos incomuns e/ou desafios especiais (ou, suponho, você não teria procurado uma avaliação para ele), acredito que existe um diagnóstico exagerado das condições de necessidades especiais para nossos filhos hoje (inclusive para autismo e diagnósticos relacionados). Dito isso, ele pode se beneficiar de intervenções que seriam diferentes da maneira como você lidaria com uma criança mais típica. A Disciplina Positiva não oferece"tratamento" para o autismo, mas poderia ser um grande complemento para um programa de tratamento eficaz.

Crianças com comportamentos autistas geralmente respondem bem para estruturas fixas e rotinas; programas de mudança de comportamento (por exemplo, recompensa e punição) não são necessários para que possam crescer e se desenvolver cognitiva e socialmente. No entanto, acho que você descobrirá que a maioria dos programas para crianças com autismo baseiam-se em técnicas de mudança de comportamento; isso faz sentido quando você se lembra de que a maioria das escolas primárias, e outros programas que atendem crianças em idade escolar, também baseiam-se nesse s métodos (embora repetidamente tenham se mostrado ineficazes). Eu não sei se algum estudo foi feito, mas eu trabalhei com crianças com autismo (e outras necessidades especiais) por cerca de 30 anos, e descobri que a DP funciona bem, em conjunto com as estruturas e rotinas que mencionei anteriormente. (Embora essa seja uma descrição bem simplista de uma abordagem eficaz para trabalhar com crianças diagnosticadas com autismo - uma discussão completa está além do escopo dessa resposta.)

Você também pode achar útil ler parte da literatura leiga sobre o autismo. Um dos meus livros favoritos sobre o assunto é Meu Mundo Misterioso, de Donna Williams. O livro é autobiográfico e muito fácil de ler. Bernard Rimland, Ph.D (e diretor do Autism Institute na época em que o livro foi publicado em 1992) afirma no Forward, "Uma das técnicas usadas atualmente por professores qualificados ..., mudança de comportamento, o processo de recompensa e punição ... (é usado) para ensinar crianças autistas muitas das coisas simples que as crianças normais aprendem por osmose. ... (e) frequentemente traz uma melhora surpreendentemente grande no comportamento geral da criança."

No entanto, é interessante notar que a Sra Williams não menciona recompensas ou punições como sendo úteis para o seu processo de aprendizagem. Ela dá ao leitor insights sobre a maneira como ela processou o mundo quando criança e dicas úteis para interagir com uma criança diagnosticada com autismo. Para aqueles de nós familiarizados com a Disciplina Positiva e o conceito do "propósito do comportamento", ela inclui um glossário no final do livro explicando o "significado por trás" de alguns de seus comportamentos. Por exemplo, ela explicou que rasgaria o papel como um "ato simpótico de separação dos outros reduzir o medo", e notou que muitas vezes ela rasgava papel quando tinha de se despedir de alguém, porque achava útil simbolicamente "destruir a proximidade para não sentir qualquer sensação de deserção ou perda". O livro de Williams e outros escritos por pessoas diagnosticadas com autismo nos ajudam a nos colocar no lugar da criança - um exercício útil para trabalhar com qualquer criança.

Desejo-lhe o melhor enquanto trabalha com as necessidades de seu filho; lembre-se de celebrar seus pontos fortes e sua singularidade e de cuidar de si mesmo enquanto viaja nessa jornada da pbest arentalidade.

Mary Jamin Maguirre.

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