Dificuldade em situações sociais

(Traduzido do site: https://www.positivediscipline.org/page-273718)

Pergunta:

Ultimamente, minha filha de 3 anos e meio fica muito chateada sempre que vamos a encontros familiares ou outras reuniões sociais na casa de outras pessoas. Mesmo que ela já tenha estado antes em determinado lugar, protesta a ponto de ficar muito nervosa à medida que nos aproximamos. Ela acaba chorando histericamente quando chegamos. Eu tentei de tudo, desde ser totalmente solidária e sentando do lado de fora com ela. Já tentei ser severa e exigir que ela parasse de chorar e controlasse suas emoções. Se sou solidária e reconfortante, ela simplesmente monopoliza minha atenção e passo o tempo todo sozinha com ela sozinha nos arredores dos eventos. Se sou severa, ela eventualmente controla suas lágrimas, mas acaba ficando nervosa e infeliz. Ela só é assim, na casa de outras pessoas, porque em geral é relativamente sociável e extrovertida. Vocês poderiam me recomendar algumas opções de como lidar com esse jeito negativo dela frente aos convites. Eu entendo que ela se sinta nervosa em situações sociais, já que eu mesma não sou muito extrovertida, mas quero transmitir a ela que tudo bem se sentir nervosa e pouco à vontade, mas não é bom ser antissocial.

Obrigada,
Grace

Resposta:

Querida Grace, meu nome é Penny Davis e faço parte da equipe de pessoas que respondem perguntas enviadas ao site da Positive Disicipline Association. Sou educadora e conselheira de pais há quase trinta anos e sou mãe de duas filhas adultas.

Pela sua pergunta, parece-me que esse medo de ir na casa dos outros é relativamente novo para sua filha. Você será a melhor pessoa para decidir se é apropriado ou não perguntar para ela sobre isso , mas talvez você mesma possa olhar para trás para ver se consegue lembrar quando ou por que as coisas mudaram para ela. Às vezes, coisas que têm pouca importância para nós, ficam nas mentes dos pequenos e criam sentimentos de ansiedade ou medo sem o nosso conhecimento. Aqui está um exemplo da minha própria vida... uma vez, em uma festa de aniversário com minha filha mais velha, que tinha cinco anos na época, outra criança da festa acidentalmente derramou seu suco no tapete. Sua mãe ficou muito chateada e gritou com ela. Nos meses seguintes, minha filha se recursou a ir a três festas e quando finalmente me sentei e a questionei gentilmente sobre isso, ela admitiu que essa experiência tinha deixado ela muito preocupada e com medo de derramar algo no tapete de outra pessoa e que ela poderia ficar envergonhada.

Você certamente não quer enviar "desculpas" a todos os convites sociais pelos próximos 15 anos, e enfrentar será um treinamento bom para a vida. Eu acho que você está no caminho certo. Você está tentando ser solidária, e também sendo firme. O truque é colocar o melhor dos dois juntos, então ela sente o amor e o apoio, mas também a direção e os limites. Você quer que ela entenda que você sabe que essas são situações difíceis para ela, mas também que a ajudará a lidar com elas e, ao mesmo tempo, você tem absoluta fé em sua capacidade de superar esses momentos difíceis e sair mais forte. Aqui estão algumas maneiras de fazer isso:

1 - Planeje com antecedência. Deixe-a saber onde você está indo e quanto tempo você vai ficar. Certifique-se de manter o plano.

2 - Faça perguntas do tipo "o quê" e "como?" O que tornará isso mais fácil para você?", "O que posso fazer para ajudá-la?", "O que você pode fazer para tornar isso mais fácil?", "Existe um brinquedo ou um animal que você pode levar que possa ajudá-la?".

3 - Tenha seus próprios limites claros. Se ela quer ser carregada no colo, isso pode ser ok para você, mas é importante ser clara que será por 3 ou 4 minutos ou o que você decidir, e então seguir o combinado.

4 - É importante permitir que ela tenha seus próprios sentimentos. Todos nós podemos nos sentir nervosos, desapontados, tristes e você está no caminho certo para ajudá-la a aprender habilidades de vida para lidar com os sentimentos.

5 - Mostre que você entende que isso é uma coisa angustiante pela qual ela está passando e que você tem fé na capacidade dela em descobrir como passar por isso.

Eu tenho fé que, com consistência e seu apoio contínuo, sua filha ultrapassará isso. Você parece uma mãe muito comprometida e desejo-lhe o melhor.

Penny

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